Universidade do Minho
Metodologia das ciências sociais 1º ano de Sociologia
► 1 . Parte formal
► 2. Autores que podem sair no teste
1ª fase (sec. XVI-XVIII)
● Bacon (referência: Aristóteles)
● Hume (o problema de Hume) vs Kant (resolve o problema de Hume. Referência: Newton)
2ª fase
● (séc. XX) Popper que recupera Hume (Referência: Einstein) vs Kuhn que continua Hume.
►3. PASSWORD para este semestre
O problema da ciência envolve todos os filósofos, sociólogos e cientistas em torno de dois extremos (podem depois aparecer uns cinzentos, que tentam conciliar).
1º EXTREMO o realismo. A solução é descobrir a natureza das coisas: Descobrir é chegar à verdade sem ser afectado pelo sujeito: ter uma re+presentação verdadeira das coisas, do mundo; A verdade é des - coberta.
2º EXTREMO o construtivismo. Não é possível descobrir a verdade das coisas porque toda a verdade, toda a ciência é uma construção. Tudo passa pelo nosso cérebro, pelos nossos olhos. A verdade é construída.
►4. Exemplo de pergunta e resposta
Texto das aulas do engenheiro Arantes Oliveira:
5. Popper e a Metodologia do Projecto Tecnológico
O projecto tecnológico resulta de um processo conceptual que inclui o</nobr> pré-dimensionamento das várias partes do artefacto a projectar. Inicia-se então um</nobr> processo iterativo que antecipa os possíveis cenários de colapso (falsificações), verificando o projecto/modelo relativamente a esses, e introduzindo nele as</nobr> modificações que se afigurem necessárias (rejeições).
Falsificações e rejeições são assim típicas de ambos os processos. No entanto:</nobr> - o projecto é um modelo teórico, isto é, um sistema logicamente possível;</nobr> - o sistema denominado ciência empírica tem por objectivo modelizar o mundo real.
- o projecto precede o artefacto, do qual, uma vez construído, se tornará</nobr> modelo ou teoria;
- o mundo real precede a teoria científica, que, a todo o transe, se tenta</nobr> falsificar.
Mas como, de acordo com Popper, só podem ser científicas as proposições e</nobr> teorias susceptíveis de ser falsificadas, e as falsificações resultam da dedução de</nobr> proposições decidíveis pela observação e resultando exclusivamente de uma teoria, os</nobr> modelos ou teorias da engenharia devem, não só possuir um carácter</nobr> lógico-matemático, mas incorporar códigos e regulamentos, e ser falsificáveis</nobr> relativamente à sua inadequação, comprovada pela experiência, para servir objectivos</nobr> de natureza, não só quantitativa, mas qualitativa.
Uma conclusão a tirar é a de que as teorias destinadas a servir as necessidades da</nobr> engenharia não podem ser, como sucedia no passado, de carácter exclusivamente</nobr> quantitativo, nem mesmo exclusivamente lógico-matemático, ou físico.
Eng. Arantes e Oliveira in http://www.ipv.pt/millenium/Millenium24/11.pdf
Exemplo de resposta: Popper queria mostrar que os cientistas precisavam dos filósofos. Isto é, os cientistas podem descobrir o mundo mas há algo de construção, de conjectura que está sempre presente e esta parte implica que o cientista seja sempre um pouco filósofo.
No projecto tecnológico, os engenheiros estavam mais preocupados com o fim, com a utilização prática. A influência real sobre Popper foi exercida pela ciência no seu sentido menos prático, pela física teórica de Einstein.
Aliás, Arantes de Oliveira mostra que Popper não é essencial quando diz: os</nobr> modelos ou teorias da engenharia devem, não só possuir um carácter</nobr> lógico-matemático, mas incorporar códigos e regulamentos, e ser falsificáveis</nobr> relativamente à sua inadequação, comprovada pela experiência, para servir objectivos</nobr> de natureza, não só quantitativa, mas qualitativa. Reparem bem que ele diz NÃO SÓ. Ou seja, no essencial a ciência da engenharia é REALISTA mas com uns pozinhos de construtivismo. Ora, essa não parece ser a posição de Popper inspirada na prática de Einstein.
Conclusão: este autor cita Popper mas descontextualiza-o fazendo uma apropriação que não é muito fiel. Além de a prática dos engenheiros nunca ter inspirado a forma de pensar de Popper, a aplicação da teoria da refutação a este caso concreto não parece ser a mais correcta.
http://metodologia.blogs.sapo.pt/arquivo/2004_03.html
Boa sorte no teste!
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