Quarta-feira, 29 de Março de 2006
Basicamente, a memória é um processo de construção contínuo, no qual vamos incorporando novos detalhes e características do objecto observado.
Normalmente, as pessoas têm uma ideia generalista de um objecto, no caso a caneta, e ignoram o que a compõe: materiais, textura, aspecto, cor, etc.
Em resposta ao desafio proposto pelo professor, podemos afirmar que no decorrer do tempo, a observação do objecto por parte da colega, parte do todo para o particular, ou seja, ela apercebe-se, progressivamente, de todos os pormenores característicos do objecto em estudo.
Tal como Bergson afirma em Matéria e Memória, uma das suas obras mais importantes dedicada ao estudo da memória e da percepção, existe uma relação entre estes dois conceitos. A percepção actual de um objecto social resulta de experiências transactas por parte do sujeito, visto que toda a informação assimilada durante o seu percurso de vida, vai influenciar o modo como este o encara.
Posto isto, não podemos afirmar com certeza quais as alterações que ocorreram na aluna, porque o seu histórico de vida influencia o modo como ela observa a caneta. Apenas podemos declarar que ocorreram alterações.
Susana Manuela Fernandes Costa N.º 47804
Terça-feira, 28 de Março de 2006
Construo uma linha, e dela quero somente retirar uma ou varias parcelas, e com essas pequenas partes quero construir um mundo isolado de recordações. Sonho este em que vivo onde da vida podemos retirar as coisas que achamos que não nos fazem falta, e que atrapalham o nosso futuro, porque estão presas ao nosso passado.
Se a nossa vida é um ciclo continuo, se é impossível apagar seja o que for, em que o minuto que nos antecede vai influenciar o segundo seguinte que vai condicionar o milésimo futuro, sinto-me tentado a pensar que, ao dividir a nossa vida em pequenas parcelas temporais, podemos, de alguma forma, esconder dos outros o que fizemos, mas jamais podemos retirar, de dentro de nós, as marcas desse espaço tempo.
Viajo, e volto ao meu sonho onde o tempo não existe, e onde tenho somente medo de acordar, e voltar a viver condicionado por relógios, pelo tic-tac constante, que me obriga a calendarizar todos os meus passos.
Mas ainda estou no sonho e a realidade confunde-me, porque tudo é ficção. Contudo, a mistura de cores que ocorre dentro de mim recorda-me o meu passado, e intromete-se com o meu futuro, condiciona o sorriso de alguém, como se de realidade se tratasse, onde é impossível separar-me de tudo o que se passou lá atrás, onde tenho a capacidade de decidir o que quero, e sinto-me preso ao surrealismo das palavras que digo agora sem querer, e dou por mim outra vez preso num sonho, onde a vida flúi ao sabor de uma leve brisa que se transforma em tempestade quando do céu soa o alarme de um qualquer despertador. Este traz-nos de volta à realidade, onde estamos condicionados pelo sonho, que faz parte da nossa linha temporal completamente povoada por pequenos sinais de transito que nos permitem avançar ou parar a cada estimulo sentido no presente. Mas sinto que existe mudança, que o agora não é igual ao ontem, mesmo sabendo que o ontem vai condicionar o meu presente, pois o ontem esta mesmo aqui ao meu lado, é o segundo que passa, é cada palavra que deixo aqui escrita. Mesmo que pare a olhar para o quadro da minha parede, mesmo sabendo que ele não vai alterar um milímetro a sua posição, que as cores não se vão voltar a misturar, e que cada traço vai permanecer no mesmo sitio, a minha visão dele agora já não e igual ao que vi a um pouco. Sinto que mais importante que a variação espaço-tempo, que ocorre nas nossas vidas e que não podemos controlar, é a visão que guardámos dentro de nós do que vimos no passado. Se caminhar dentro do meu quarto de olhos vendados, eu sei que não vou embater em nada, porque recordo a posição de cada objecto, da mesma forma que se voltar agora a olhar para o quadro, ele vai ser igual áquilo que vi há pouco, mas sei que isso só é possível porque construí uma imagem sólida dele dentro de mim (petrificada, reificada) que me ajuda a reconstruir, sempre que olho para ele, a mesma imagem a partrir de uma ausência. Quero voltar a ser criança, e poder pensar que um simples pau pode ser uma arma, pode ser uma nave espacial, quero voltar a sonhar, poder caminhar despreocupado com o tempo, quero ser Peter Pan, fugir para a terra do nunca, onde o maior inimigo, até do senhor mau e o tempo.
Estou outra vez preso no sonho, no sonho que é a vida, onde a única diferença que do verdadeiro sonho existe é o relógio, porque a condição de existência entre um e outro é a mesma, a mistura do ontem com o hoje.
Mas, de olhos abertos, a fantasia é diferente, porque olhamos para o relógio e pronunciamos ontem, enquanto que no desassossego nocturno do sono, o ontem, o agora e o futuro são uma mistura de vida, que afinal nada mais é que a verdadeira vida, sem diferença baseada numa espacialização temporal, sem a organização translúcida que nos afasta lamentavelmente do acontecimento vivido.
Nicolau Roque nº47831
Ana Margarida Neto nº47835
Miguel Azevedo nº47794
1º ano de Sociologia da Universidade do Minho
Março de 2006
Resposta à questão de Bergson
Existem duas concepções de tempo: o tempo-espacial que a ciência utiliza que é algo sem duração; e outra, o tempo-real que passa incessantemente como um fluxo, ou seja, a duração. A duração é o que devemos ter em conta.
A aluna olha para uma esferográfica que é um objecto exterior, imóvel. Ela vive num constante fluxo de sensações, e o olhar é algo que faz parte do seu estado interno.A esferográfica parece não ter qualquer alteração, mas a visão que a aluna tem dela é diferente a cada instante que passa, porque existe o factor duração, a sua visão envelheceu.
A memória da aluna aumenta com a duração, porque esta é o prolongamento contínuo do seu passado. Houve portanto uma mudança contínua.
Maria Angelina Pinto Rodrigues
1º Ano Sociologia
Nrº 47774
Segunda-feira, 27 de Março de 2006
O caderno nº 1 de textos de apoio (aulas de Durkheim e Schütz) já está disponível na Copyfilme.
Pergunta:
adriano campos <a.prec@hotmail.com> escreveu:
CONFERÊNCIA "Tecnologia e configurações do humano" - 3ªf., 4 de ABRIL DE 2006 - 14h
CP1 - A3, Gualtar, Braga E se, em vez de se colocar a tecnologia na organização, a organização fosse colocada na tecnologia?
Não sei se é necessário inscrever-me também nesta conferência, de qualquer
modo cá esta!
Adriano Pereira Campos
Nº47814
1º ano de Sociologia da UM
Adriano
Fica inscrito.
Pelo facto de se inscrever, terá direito a um certificado de participação que pode incluir no seu Curriculum.
Avise os seus colegas.
Abraço
José Pinheiro Neves
Sábado, 25 de Março de 2006
Universidade do Minho
Instituto de Ciências Sociais
Ciclo de Conferências e Seminários
Tecnologia e configurações do humano
SEMINÁRIO - 2ªf., 3 de ABRIL DE 2006 - 10.30h
no ICS (Edifício novo), Gualtar, Braga
com James R. Taylor (Universidade de Montreal – Canadá)
Seeing organization emerging in communication
rather than communication in organization
Inscrições: até dia 31 de Março de 2006
via e-mail (jpneves2005@yahoo.com.br)
Limite de participantes: 20 (vinte).
Custos: 30 Euros
(alunos e docentes da Universidade do Minho
estão dispensados do pagamento).
Certificação: Será atribuído a cada participante
um Certificado de Participação
CONFERÊNCIA - 3ªf., 4 de ABRIL DE 2006 - 14h
CP1 - A3, Gualtar, Braga
E se, em vez de se colocar a tecnologia na organização,
a organização fosse colocada na tecnologia?
por James R. Taylor
(Universidade de Montreal – Canadá)
O fim das máquinas
por José Bragança de Miranda
(Universidade Nova de Lisboa)
A nova erótica interactiva
por Moisés de Lemos Martins
(Universidade do Minho)
Organização
Centro de Estudos Comunicação e Sociedade (CECS)
Núcleo de Estudos em Sociologia (NES)
Comissão Organizadora
Zara Pinto Coelho, Manuel da Silva e Costa, Joel Felizes, Moisés de Lemos Martins e José Pinheiro Neves
Mais informações em: http://configuracoes.no.sapo.pt
Quinta-feira, 23 de Março de 2006
Normas de apresentação do trabalho prático
Nota: devem ser rigorosamente respeitadas visto que este aspecto será tido em conta na avaliação 1. Apresentação O texto, cuja redacção deve ser definitiva, terá de ser apresentado a 2 espaços (regra que abrange também as notas), em folhas de A4, contendo cada uma 30 linhas
2. Chamadas de notas ou notas de rodapé Nas chamadas de notas utilizar apenas números, e não números entre parêntesis. Os números das notas devem ser seguidos do princípio ao fim do artigo.
3. Transcrições ou citações a) Quando fizer uma transcrição ou citação, há que ter o cuidado de abrir e encerrar a mesma com comas. Se se omitir texto, deve a mesma omissão ser representada por três reticências entre parênteses rectos: [...] Se se acrescentar texto, deve o mesmo ir igualmente entre parênteses rectos. Se a transcrição se inicia no começo de um período, portanto com maiúscula, não pôr reticências com parênteses mesmo que haja texto antes. Se a transcrição acabar em ponto final, não pôr reticências entre parênteses mesmo que haja mais texto a seguir.
b) Ter o máximo cuidado com a transcrição de nomes estrangeiros e de números.
4. Bibliografias e citações bibliográficas a) Nas bibliografias, as indicações deverão ser sempre tão completas quanto possível. No caso de livros devem ser sempre indicados o autor, o título integral, local de edição, editora e ano de publicação. No caso de revistas devem ser indicadas o autor e o artigo (se for caso disso), o título da revista, local de publicação, número, volume e data.
b) Nas bibliografias, os nomes dos autores devem respeitar a ordem alfabética dos apelidos, que figurarão, portanto, em primeiro lugar.
c) Nas citações bibliográficas em notas, os nomes dos autores devem figurar pela ordem normal: João Ferreira de Almeida, e não Almeida, João Ferreira de.
d) Os nomes das publicações (jornais, revistas, livros, relatórios, documentos, etc.) vão sempre em itálico:
O Envelhecimento da População Portuguesa e) Os títulos incluídos em qualquer publicação (jornal, revista, livro, etc.) vão sempre entre comas e em minúsculas (excepto a primeira letra da primeira palavra): "O sector empresarial do Estado", in
Análise Social f) Nas citações bibliográficas utilizar sempre as seguintes abreviaturas: cap. (capítulo) ed. (edição) fasc. (fascículo) liv. (livro) p. (página) pp. (páginas) s.l.n.d. (sem lugar nem data)segs. (seguintes) t. (tomo) tít. (título) trad. (tradução, traduzido) vol. (volume)
g) Nos capítulos, tomos, volumes e títulos empregar numeração romana.
h) Vários exemplos de citações:
Livros:
A. Sedas Nunes,
Questões Preliminares sobre as Ciências Sociais, Lisboa, Gabinete de Investigações Sociais, 1977, pp. 23 e segs.
Manuel Villaverde Cabral,
O Operariado nas Vésperas da República, Lisboa, Gabinete de Investigações Sociais, 1977, p. 93.
Artigos de revistas ou de livros:
José Barreto, "Modalidades, condições e perspectivas de um pacto social", in
Análise Social, Lisboa, nº 53, 1978, pp. 86 e segs.
John B. Mays, "The subculture and the school", in Maurice Craft (org.),
Family, Class and Education, Londres, Longman, 1972, p. 170.
5. Fontes históricas documentais As citações devem incluir, tanto quanto possível, autor e título do documento (o título entre comas), data, instituição onde se encontra arquivado (itálico) e as referências que o permitem localizar nesse arquivo:"Carta do governador de...", 1 de Julho de 1601;
Arquivo Histórico Ultramarino, S. Tomé, papéis avulsos, doc. nº 30. 6.
6. Recursos electrónicos: Trabalhos individuais: Autor,
Título, Ano de colocação na Web, Protocolo disponível em:
http://site, [Data de acesso: data de acesso por extenso].
Exemplo:
José Silva,
A metodologia em ciências sociais, 1999, Protocolo disponível em:
http://tese.com, [Data de acesso: 2 de Maio de 2003].
Artigos de revistas:
Autor, «Título», in
Título da revista, Volume, Data, páginas, Protocolo disponível em:
http://site, [Data de acesso: data de acesso por extenso].
Exemplo: José Silva, “O inquérito por questionário”, in
Revista Electrónica de Sociologia, Vol. 1, nº 2, Maio de 2001, pp. 5-10, Protocolo disponível em:
http://www.revistasoc.com/vol1/silva.html [Data de acesso. 5 de Maio de 2003].
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Como alguns alunos levantaram dúvidas em relação ao trabalho prático, vou dar algumas dicas para a sua elaboração.
O trabalho consiste numa recensão crítica que será colocada num blog como informação. O meu critério será simples: as boas recensões serão naturalmente as que poderão ser publicadas no blog, já criado, de recensões.
Consultar o site em: http://sociologia-online.blogspot.com/
NÃO SE ESQUEÇAM QUE O TRABALHO PRÁTICO DEVE SEGUIR RIGOROSAMENTE ESTE MODELO.
1.IDENTIFICAÇÃO DO TEXTO. Exemplo de identificação:Émile Durkheim, O Suicídio: Estudo de Sociologia, 2ª Ed., Lisboa, Ed. Presença, 1977, 470 p. (devem seguir rigorosamente as normas de referência bibliográfica que estão em: http://metodologia.blogs.sapo.pt/36754.html)
2. MATÉRIA/CONTEÚDO DO TEXTO
2.1. Género ou tipo de livro/texto
2.2.Tema (resumo da ideia-mestra do texto)
2.3. Público (ao qual se dirige o texto, quem poderá ficar interessado por este texto: estudantes? Professores? Sociólogos? Operários?)
2.4. Tese central (o que o autor do texto quer demonstrar: desenvolva apenas o resumo da ideia central sem entrar na argumentação; trata-se de explicitar o assunto ou problema que quer resolver)
3. ANÁLISE EFECTUADA PELO ALUNO
3.1. Impressões a quente (impressões pessoais do aluno (s) logo após a leitura do livro ou texto)
3.2. Construção e conteúdo (Um resumo do texto. Os pontos fortes na estrutura do livro, ou seja, quais os momentos centrais que definem o texto - escolha as citações mais importantes colocando-as entre aspas e indicando de uma forma abreviada o autor, ano de publicação e a página onde se situa a citação do texto original. Ex: (Durkheim, 1977: 26).
3.3. Apreciação (ponto de vista pessoal do aluno mas explicando sempre o porquê. Por exemplo: quais foram os aspectos em que se sentiu convencido e aqueles em que ficou com dúvidas?)
3.4. Seguimento a dar (acções a empreender ou leituras complementares a efectuar pelo aluno para entender melhor a tese do autor): _______________________________________________________
[adaptado de Pierre Lemaitre e François Maquére, Saber Aprender, Lisboa, Publicações Europa-América, 1989, p. 85]
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Quarta-feira, 22 de Março de 2006
Quarta-feira, 15 de Março de 2006
Um desafio a partir do texto de Bergson ...
Um desafio...
A partir do texto de Bergson (ver nesta entrada do blog), no dia 14 de Março de 2006, na aula teórica de Metodologia das Ciências Sociais, surgiu uma questão a partir deste texto de Bergson:
"Tomemos o mais permanente dos estados internos, a percepção visual de um objecto exterior imóvel. O objecto pode permanecer idêntico, e eu posso vê-lo desde o mesmo lado, debaixo do mesmo ângulo, com a mesma luz". (Henri Bergson, Henri Bergson/Memória e vida. Textos escogidos por Gilles Deleuze, Madrid, Alianza Editorial, 1977, p. 8).
Pediu-se a uma aluna que durante um espaço de tempo limitado permanecesse imóvel a olhar para uma esferográfica.
Em seguida houve um pequeno debate em torno desta questão:
- Será que durante um determinado espaço de tempo assinalado pelo professor houve ou não uma mudança contínua ?
O debate não produziu nenhuma conclusão clara, mas surgiram duas posições.
A primeira defende que, durante aquele “espaço de tempo”, não houve nenhuma mudança na consciência da aluna pois o tempo pode ser dividido em bocados espacializados.
Outros alunos apresentaram uma posição diferente: houve uma mudança devido ao movimento do sangue, oxidação das células, trocas químicas no cérebro, etc.
No entanto, alguém sugeriu que existia uma outra mudança que não se reduzia ao nível físico-químico. É este o desafio!
ATENÇÃO
Aceitam-se respostas, ou tentativas de respostas, a esta questão, via e-mail do Blog [jpneves2006@yahoo.com.br], até ao dia 30 de Abril de 2006.
As melhores respostas serão publicadas entretanto neste weblog. Por favor, indiquem no vosso mail que o assunto é "Resposta à questão de Bergson"acrescentado o vosso nome e número.
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Ajudas
1. Ver o seguinte texto que está no blog da disciplina:
O poder da duração
2. Outra ajuda
Aula prática de Metodologia de 31 de Março de 2004
Diálogo entre uma Aluna do 1º ano do curso de Sociologia da Universidade do Minho e Henri Bergson (encontram-se no BA)
3. Uma terceira ajuda
O debate entre Bergson e Einstein sobre a noção de tempo:
http://www.comciencia.br/reportagens/2005/03/12.shtml
E um resumo das ideias de Henri Bergson:
http://www.consciencia.org/contemporanea/bergsonbochenski.shtml
Segunda-feira, 6 de Março de 2006
LEMBRETE: Quarta feira no Auditório da Escola de Ciências às 15.00 horas. Convido-o a assistir e a divulgar esta iniciativa
COLÓQUIOS DA FÍSICA 2005-2006
Guerra das ciências? Que guerra? Quais ciências?
António Manuel Batista
Abordam-se alguns problemas da caracterização do que se chama Ciência e que estão na base de muitas discussões evidentemente estéreis pois, desde Bacon até Einstein e Weinberg, é notável a 'estabilidade' do que se deve considerar conhecimento científico. A 'provocação' de Sokal teve a enorme vantagem de fazer sair da toca principalmente alguns dos que se consideram 'cientistas sociais que, de algum modo, lançaram o descrédito sobre a legítima e importante actividade que é a sociologia.
Mas Sokal e Bricmond não foram, julga-se, tão longe quanto deveriam pois, particularmente Sokal, confessa uma motivação política que se compreende mas, julga-se, não se dirige para o cerne dos problemas. Se, por um lado, muito do que se passou tem aspectos burlescos, por outro lado revelaram-se problemas sérios sobre a responsabilidade de todos os estudiosos, em particular os cientistas, em manterem as suas 'casas' limpas e a vizinhança 'asseada' quanto à natureza e características do conhecimento científico, sua importância e limitações intrínsecas.
Não nos deve ser indiferente o que se passa em outros departamentos e devemos, através da história da ciência, principalmente, estar preparados para intervir. Mas temos também problemas na nossa comunidade que não devemos esconder. Mais do que exercitar a nossa paciência devemos domar a nossa impaciência, e compreender a tentação perversa do que se pode definir, sem acrimónia, como mentalismo, para o distinguir do racionalismo ou do idealismo.
(Quarta-feira, 8 de Março, 15 horas)
Auditório da Escola de Ciências
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Isabel Monteiro
Universidade do Minho - Centro de Física
Campus de Gualtar, 4710-057 Braga
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email: isabel@fisica.uminho.pt
ou biblioteca@fisica.uminho.pt