A aula extra seguida do filme "Wittgenstein
" (20 de Janeiro de 2005)
A aula extra para esclarecimento de dúvidas vai ser no dia 20 de Janeiro de 2005, no dia da frequência de Informática. Sendo a frequência de manhã, a aula realiza-se à tarde, pelas 15 horas, em sala a anunciar no Placard do curso de Sociologia (r/c do complexo Pedag. 1 de Gualtar).
Após a aula de esclarecimento de dúvidas para o teste, cerca das 16.30 h, decorrerá, na mesma sala, a projecção do filme "Wittgenstein" seguida de debate. Também será distribuído um texto de apoio ao filme que poderá ter interesse para o teste. Podem encontrar o texto completo, em espanhol, acerca deste filme em:
http://www.uv.mx/difyext/escruv/zilli/wittgens.htm
Ver também:
http://www.uv.mx/difyext/escruv/zilli/unabuena.htm
EXCERTOS:
Una buena película para pocos
"Uno tiende a pensar que una buena película será siempre para muchos. Este sería el caso de Titanic, si se está dispuesto a aceptar que se trata de una buena película. Hemos encontrado gente a la que no le parece muy buena. De que es, y ha sido, para la multitud, no cabe la menor duda. Pero el caso es que sí hay buenas películas que son para pocos, a veces para muy pocos. Ahora nos queremos referir a Wittgenstein de Derek Jarman. Es una película muy buena, pero son muy pocos los que podrían gustarla y apreciarla. Todo ello en continuidad, quizá, con la vida y obra de este filósofo, al que todo mundo acepta como uno de los más grandes pensadores del siglo. Muy bueno, pero para pocos".
" Quizá no sea del todo vano indicar brevemente algunos de los temas teóricos que se abordan:
1° La búsqueda de un lenguaje perfecto mediante el descubrimiento de su forma lógica. La forma lógica correspondería exactamente a la forma de lo real. Es la teoría de la imagen, Bild o picture. Con esto se resolverían todos los problemas que han angustiado a los filósofos durante siglos. No hay más filosofía que la lógica. Son las tesis fundamentales del libro Tractatus logico-philosophicus ( Alianza Editorial, Madrid, 1973).
2° Más tarde, el descubrimiento de que no hay un lenguaje perfecto, porque el lenguaje es en realidad la expresión de una forma de vida en una comunidad determinada. Es la teoría de los juegos del lenguaje. Cada lenguaje tiene su lógica y su validez. El lenguaje ordinario es lo máximo. No hay problemas filosóficos. Son las tesis del libro Investigaciones filosóficas ( UNAM, México, 1988)
3° Pero a través de este violento cambio, hay algo que permanece inalterado y de lo que da testimonio el genio, o demonio, hacia el final de toda la película: nuestro conocimiento solamente es capaz de descubir el modo o la manera cómo son las cosas, pero en ningún momento nos puede decir que las cosas son, o por qué son. O sea, hay una continuidad sostenida en la negación de la metafísica. Dicho de manera más técnica, Wittgenstein da un viraje increíble desde la sintaxis (la lógica, la coherencia de las proposiciones) hasta la pragmática (el uso, el significado de las proposiciones para los hablantes de una comunidad determinada), pero nunca resuelve el problema clásico de la semántica, o sea, la relación del signo con las cosas mismas.
4° Esto último tiene que ver con las discusiones del filósofo con los alumnos a las que uno asiste durante la película en donde se debate la imposibilidad de lo que se llama un "lenguaje privado". En realidad más que de "lenguaje privado", habría que hablar de una negación de las evidencias más elementales, de las que depende luego toda la trabazón lógica o científica. Este punto parece el talón de Aquiles. Es como si dijeras: "Toda construcción verdadera tiene que ser de tipo horizontal y en entramado", y no pudieras aceptar que los pilares, o las columnas de tipo vertical también tienen su valor. Las evidencias incontrovertibles cumplen, a nuestro juicio, esta función de apoyo en lo real, más allá de todas las deduciones o demostraciones. No son muchas, pero su importancia es de una trascendencia incalculable".
In José Benigno Zilli Manica, "Una buena película para pocos", in http://www.uv.mx/difyext/escruv/zilli/unabuena.htm, [data de acesso: 12 de Novembro de 2002]
Universidade do Minho
Curso de Sociologia 1ºano - Metodologia das ciências sociais Docente: José Pinheiro Neves
Resumo da segunda parte da aula teórica de 29 de Novembro de 2004 sobre Wittgenstein (2ªs, 18h 20h - A4 Comp. 1).
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2 O ponto de vista crítico de Wittgenstein: a ciência como um jogo de linguagem = forma de vida.
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Síntese desta segunda parte:
POSIÇÃO DO NEO-POSITIVISMO: atomismo-lógico reduzia todos os fenómenos ao modelo invariável da denominação, ao esquema objecto-designação. Tinha a pretensão de codificar a linguagem segundo um modelo gramatical unitário, rígido, invariável, de regras lógicas.
POSIÇÃO DE WITTGENSTEIN (na sua segunda fase): Wittgenstein reivindica uma multiplicidade e variedade de categorias de expressões. O significado é um simbolismo que se refere a uma forma de vida, um contexto, hábitos, atitudes comportamentais
O significado circunscreve-se unicamente ao fenómeno que descreve.
Ludwig Wittgenstein (1889-1951).
Nació en Viena el 26 de abril de 1889; Wittgenstein se educó en el seno de una familia rica e ilustrada. Después de asistir a escuelas en Linz y Berlín, se trasladó a Gran Bretaña para estudiar ingeniería en la Universidad de Manchester. Su interés por las matemáticas puras le llevó al Trinity College (Cambridge) para estudiar com Bertrand Russell. Allí orientó su interés hacia la filosofía. En 1918 Wittgenstein había terminado su Tractatus logicus-philosophicus (1921), una obra que según él, suministraba la "solución definitiva" a los problemas filosóficos. Más tarde, se apartó de la filosofía y durante años enseñó a los escolares de un pueblo de Austria.
En 1929 regresó a Cambridge para reanudar su trabajo en filosofía y fue designado al Trinity College.
Pronto empezó a rechazar ciertas conclusiones del Tractatus y a desarrollar otras opiniones reflejadas en sus Investigaciones filosóficas, publicado con carácter póstumo en 1953.
EXEMPLO:
Ao dizer eu creio p eu não tenho necessariamente de explicar as razões porque penso assim em termos de verificabilidade empírica e de inferência lógica,
enquanto que ao dizer eu sei p devo ser capaz de apresentar aos outros, que podem duvidar do que eu sei, o que justifica o meu saber justamente nesses termos; contudo, as razões dadas para justificar um saber recorrem a um sistema de crenças, ou convicções, ante-inferenciais que o situam. Como aponta [Wittgenstein, 1987] no §54, comportamento de dúvida e não dúvida. Só há o primeiro se houver o segundo.
Há, portanto, dois géneros de proposições que se implicam no jogo de linguagem envolvendo o saber e o duvidar: as proposições empíricas e as proposições fundacionais. Por proposição empírica entende-se a proposição cuja verdade pode ser confirmada ou não confirmada pela experiência. Nesta obra de Wittgenstein estas proposições têm um carácter hipotético e são vulneráveis a alguma dúvida.
As proposições fundacionais, tidas como necessariamente válidas, não são, elas próprias, derivadas de qualquer proposição anterior, mas servem às vezes como suporte de outras.
Mas este suporte não deve ser, todavia, pensado como uma verdade de onde se inferem outras verdades: como vamos ver logo a seguir, elas são da ordem da convicção e da imagem do mundo.
Ao contrário das hipóteses avançadas nas proposições empíricas, as proposição fundacionais não dependem de experiências actuais e verificáveis para a sua validade, mas constituem, pela organização biológica e pela educação, as bases da estrutura noética do ser humano e, por isso, a base das suas certezas (Sumares, 1994: 33-34).
Quero encarar aqui o homem como um animal; como um ser primitivo a quem se reconhece instinto mas não raciocínio. Como uma criança num estado primitivo. Qualquer lógica suficientemente boa para um meio de comunicação primitivo não é motivo para que nos envergonhemos dela. A linguagem não surgiu de uma espécie de raciocínio. E um pouco mais tarde, diz Wittgenstein: É sempre graças à natureza que alguém sabe qualquer coisa (Wittgenstein, 1987: §505).
Teoria da correspondência (neo-positivismo) e teoria da coerência (Wittgenstein 2ª fase).
O que se efectua nesta proposta de Wittgenstein é uma espécie de união entre a teoria da correspondência, exemplificada no seu Tractatus, e a teoria da coerência, exigida, agora, pela noção de jogo de linguagem [segunda fase de Wittgenstein]. É a convergência destas teorias que produz a originalidade da tese de Da Certeza.
A teoria da correspondência pretende mostrar que uma proposição, ou uma crença, é verdadeira na medida em que corresponde efectivamente a um facto não linguístico. (...) O problema consiste precisamente nesta comparação; para realizá-la é preciso fundar esta proposição noutras, ou seja, uma proposição ou crença implica a aquisição ou invenção de outras (Sumares, 1994: 54).
Para Wittgenstein [segunda fase], as frases já não correspondem aos factos e os factos já não são bocados do mundo. [
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O defensor de uma teoria da coerência parte da premissa de que não se pode colocar por fora do circuito das suas crenças; só uma crença pode ser a razão de ser de uma outra crença. Daí, uma crença só pode ser verdadeira se é coerente com outras crenças, e não se corresponde com algo que não é crença ou proposicional; o avanço que se pode ter na ordem do conhecimento não consiste, portanto, na comparação de uma proposição com a realidade, mas sim na optimização da coerência e da consistência do nosso sistema de crenças (Sumares, 1994: 53-54).
Conclusão:
A teoria da correspondência (defendida por Wittgenstein na sua primeira fase) pretende mostrar que uma proposição, ou uma crença, é verdadeira na medida em que corresponde efectivamente a um facto não linguístico.
A teoria da coerência (defendida por Wittgenstein na sua segunda fase) defende que só uma crença pode ser a razão de uma outra. Assim uma crença só pode ser verdadeira se é coerente com as outras crenças.
O que faz de Wittgenstein um filósofo distintamente contemporâneo, e não um continuador, no século XX, das opções intelectuais tacitamente modernas, reside no facto de os conceitos forjados por ele sublinharem a ocasionalidade de todo o conteúdo representacional para com as suas referências: nenhuma necessidade liga uma palavra a uma coisa e, ainda menos, um conjunto de conceitos filosóficos à estrutura do mundo. Os vocábulos intencionalmente vagos como «jogo» e «formas» (ou «expressões») da vida humana permitem ver sobretudo que as referências e os predicados, atribuídos a estas, tenham contextualizações resultantes da prática humana e das condições de satisfação que derivam dessa prática (Sumares, 1994: 67).
Bibliografia
Manuel Maria Carrilho, A filosofia das ciências. De Bacon a Feyerabend, Lisboa, Ed. Presença, 1994.
Karl Popper, A demarcação entre ciência e metafísica, in Manuel Maria Carrilho, Epistemologia: posições e críticas, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1991, pp. 201-265.
Manuel Sumares, Sobre Da Certeza de Ludwig Wittgenstein. Um estudo introdutório, Porto, Ed. Contraponto, 1994, 69 p.
Ludwig Wittgenstein, Investigações Filosóficas, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1987 [1953].
Sítios da WEB consultados
Textos extraídos da enciclopédia Encarta 99 da Microsoft (via web) sobre Einstein e Teoria da relatividade especial e geral.
Biografia de Ludwig Wittgenstein extraída de: