O texto seguinte (o ponto de vista de um engenheiro sobre a ciência) será a base do teste do primeiro semestre. As perguntas utilizarão alguns dos seus exemplos e afirmações.
A Filosofia da Ciência e a Sua Extensão à Engenharia
E. R. DE ARANTES E OLIVEIRA
Instituto Superior Técnico Lisboa Dezembro de 2000
O texto está no seguinte site da web:
Universidade do Minho
Curso de Sociologia 1ºano Metodologia das ciências sociais Docente:
Resumos das aulas teóricas de 18 e 25 de Outubro de 2004 (2ªs, 16-18h - A4 Comp. 1).
Aula de 18/10/2004
Nesta aula iremos ver três formas de responder à questão:
O que é a ciência?
1 o ponto de vista de um engenheiro pp. 2-25;
2 o ponto de vista de um sociólogo pp. 26-33;
3 A partir da Educação para a ciência pp. 34-40.
Aula de 25/10/2004
4 CONCLUSÃO Resumo dos dois textos (1. e 2.). A noção de evolução contextualizada da ciência versus a definição normativa e essencial de ciência. Estes exemplos não podem ser generalizados Tomar o trabalho do engenheiro como ponto de partida para o programa da disciplina no primeiro semestre. Introdução à questão fundamental (password) deste primeiro trimestre: ciência como descoberta ou como construção (Rorty) pp. 41-46
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Todos estes textos foram obtidos através de uma pesquisa na WEB, no motor de pesquisa Google [ http://www.google.pt] com as seguintes palavras de pesquisa: construtivismo e epistemologia. Foram apenas seleccionados os sites de Portugal.
Atenção: estes três exemplos não devem ser generalizados. Ou seja, não devemos concluir que correspondem a uma tipologia normal. Servem apenas para entender que a questão epistemológica não é uma questão abstracta dos filósofos que vivem na lua. Afecta coisas tão concretas como a forma de construir as casas onde vivemos. E, se afecta as ciências exactas, ainda mais irá afectar as ciências sociais.
Nota: este texto está disponível na web no blog da disciplina: http://metodologia.blogs.sapo.pt
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1º o ponto de vista de um engenheiro (professor no IST, Lisboa) pp. 2-25
Texto extraído da Web.
http://www.ipv.pt/millenium/Millenium24/11.pdf
20 de Setembro de 2004
A Filosofia da Ciência e a Sua Extensão à Engenharia
E. R. DE ARANTES E OLIVEIRA
Instituto Superior Técnico Lisboa
Dezembro de 2000
Ver este texto no site da web:
http://www.ipv.pt/millenium/Millenium24/11.pdf
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2º O ponto de vista de um sociólogo pp. 26-33.
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2º Texto
1 - Conhecimento Popular e Conhecimento Científico
2 O que é a Ciência?
Ver o texto em:
http://www.egi.ua.pt/cursos_2002/files/MI/JBilhim_CAP%20I.PDF
Consultado em 15 de Janeiro de 2004
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3º Parte A partir da Educação para a ciência (Professores na área da Educação científica) pp. 34-40
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3º TEXTO
Ver o texto em:
http://www.fc.unesp.br/pos/revista/pdf/revista8vol1/a10r8v1.pdf
João Félix Praia 1, António Francisco Carrelhas Cachapuz 2, Daniel Gil-Pérez 3, PROBLEMA, TEORIA E OBSERVAÇÃO EM CIÊNCIA: PARA UMA REORIENTAÇÃO EPISTEMOLÓGICA DA EDUCAÇÃO EM CIÊNCIA, in Ciência & Educação, Volume 8, nº 1, 2002, pp.127 145
[ http://www.fc.unesp.br/pos/revista/pdf/revista8vol1/a10r8v1.pdf] Consultado em 22 de Setembro de 2004.
1- Professor Associado, Faculdade de Ciências, Universidade do Porto, Portugal (e-mail: jfpraia@fc.up.pt). 2 - Professor Catedrático, Departamento de Didáctica e Tecnologia Educativa, Universidade de Aveiro, Portugal (e-mail: cachapuz@dte.ua.pt). 3 - Professor Catedrático, Departamento de Didáctica de las Ciencias Experimentales, Universidade de Valência, Espanha (e-mail: daniel.gil@uv.es).
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4ª parte - CONCLUSÃO - aula de 25 de Outubro de 2004.
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Vamos fazer uma síntese do ponto de vista de um engenheiro e de um sociólogo em relação à questão inicial: O que é a ciência?
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1 o ponto de vista de um engenheiro (professor no IST, Lisboa)
ver: http://www.ipv.pt/millenium/Millenium24/11.pdf
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Evolução da definição de ciência. Ou seja, defende que a definição da ciência é contextual, varia em função dos contextos sociais e teóricos
1ª) Ainda citando Suppes:
Uma concepção da Ciência habitualmente adoptada pelos filósofos é a de que ela constitui uma aproximação cada vez mais próxima de um conjunto de verdades eternas e universais. Esta concepção da Ciência vem de Platão e Aristóteles e continuou por Descartes, Kant, e filósofos mais recentes. Foi adoptada igualmente por muitos cientistas.
2ª) o problema do método científico [
] na prática, nunca se conformara com os princípios que Francis Bacon enunciara já nos fins do século XVI.
3ª) Escola de Viena (Neo-positivismo): seria possível formular normas gerais para o processo científico.
4ª) O pós-positivismo de Popper: o conhecimento científico não é descoberto e verificado por via das generalizações indutivas, isto é, não salta dos instrumentos científicos de medida para espíritos humanos completamente vazios. Pelo contrário, o avanço da Ciência faz-se por falsificações dedutivas, seguindo um processo de conjecturas e refutações.
5ª) Segundo o filósofo húngaro Imre Lakatos, as hipóteses de base de uma teoria cindem-se em dois grupos : o núcleo duro (hard core) e a cintura de protecção (protective belt). [
] A cintura de protecção consta de um conjunto de condições iniciais e de hipóteses auxiliares que protegem o núcleo duro. Este é tornado irrefutável por um fiat metodológico. E isto por uma razão: a de que o núcleo duro é uma parte da teoria que se desenvolveu muito lentamente, por tentativas e, como escreveu Lakatos, servindo-se de uma imagem inspirada pela mitologia clássica, não nasceu já revestido de armadura, como Palas Ateneia da cabeça de Zeus. As hipóteses que o constituem são muito gerais e profundas e têm, em geral, a seu favor, o se terem revelado extremamente fecundas.
6ª) Kuhn: Para quem tiver lido The Logic of Scientific Revolutions, [O título correcto do livro é The Structure of Scientific Revolutions] de Kuhn, os núcleos duros correspondem aos paradigmas, e as cinturas de protecção ao que Kuhn chama a ciência normal (normal science)
7ª) Ainda citando Suppes:
A filosofia do pragmatismo norte-americano: PEIRCE, DEWEY, RORTY
O meu modo de ver (o dele, Suppes) é o de que filósofos como Peirce, Dewey, e os discípulos destes, estiveram muito mais próximos de ter razão.
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2 - O que é a ciência? O ponto de vista de um sociólogo.
Ver: http://www.egi.ua.pt/cursos_2002/files/MI/JBilhim_CAP%20I.PDF
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Diz o autor:
Como distinguir a forma científica de se ter acesso ao conhecimento das restantes?
1 - Popper (1972) chamou a atenção para a questão da falsificabilidade. Uma conclusão científica é aquela que é passível de refutação.
2 - Outra característica levantada pelos especialistas é a consistência. Um trabalho científico tem de resistir à falsificabilidade apontada por Popper. Tem também de ser coerente. Pode discutir as ambiguidades, as contradições, as incoerências de seu objecto de estudo, mas a sua discussão tem de ter coerência, obedecer a certa lógica.
3 - Igualmente, não se imagina um trabalho científico que não seja a revelação de um estudo profundo. O rigor metodológico, que evita a subjectividade do investigador.
4 - Por fim, um trabalho cientifico tem de ser aceite e reconhecido como tal pela comunidade cientifica que o legítima.
Conclusão:
Defende que há uma definição da ciência essencialista.
Utiliza verbos com um carácter imperativo. No texto analisado, verificámos que utiliza 5 vezes o presente do indicativo do verbo ter num total de 12 afirmações. Os outros verbos vão também no mesmo sentido.
Quadro resumo de comparação dos dois autores
Tópicos |
Engenheiro |
Sociólogo |
Formas verbais usadas |
Formas com alguma condicionalidade |
Imperativo |
Contexto histórico |
Sim |
Não |
Exemplos concretos |
Sim |
Não |
Relação com a comunidade científica onde o cientista trabalha |
Complexa |
Linear: deve seguir a comunidade |
Autores referidos |
Mais de uma dezena com posições diferentes. |
Autores referidos: Popper, Bunge e Ande-Egg. |
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