Olá
Após a aula de hoje (23/11), onde falamos sobre Thomas Kuhn e a sua revolução nas doutrinas científicas, surgiram-me certas ideias e dúvidas! Diga então o Professor o que aqui tem fundamento e o que é pura divagação.
1. Sem querer entrar muito no campo teórico acho que posso afirmar que Kuhn vem desafiar as ciências quanto ao seu funcionamento e critica o seu autismo.
2. No fundo, ele diz-nos que a ciência tal como outras áreas, como a
literatura, música, filosofia, está exposta a rupturas, a mudanças que
podem até advir de acontecimentos não esperados.
3. Ora, a minha conclusão é, então, que se a ciência (ou os resultados da ciência) como mostrou Einstein, pode ser relativa também o próprio conhecimento o pode ser. Kuhn vem-nos dizer que a Ciência afinal não está a seguir um caminho evolutivo, ou pelo menos tão evolutivo como os cientistas defendem, e que não pode escapar áquelas regras de ruptura e mudança subjacentes a todas as outros terrenos do conhecimento.
4. Esta ideia faz também com que aquela ideia comum da "super ciência", que os cientistas estão no terreno e estão a revelar-nos a verdade escondida, seja questionada. O conceito de conhecimento cientifico é abalado, estando as ciências à mercê de condicionantes, como as outras áreas da sociedade.
5. O nosso modelo de conhecimento ocidental (a ciência moderna que existe há três séculos), que erradamente é apresentado como uma evolução rectilinea em direção à descoberta da verdade, pode a qualquer momento sofrer uma ruptura sendo alvo de um questionamento.
Adriano Pereira Campos nº 47814
1ºano de Sociologia da Universidade do Minho
Público SUPLEMENTO Mil Folhas Sábado, 13 de Dezembro de 2003
"Fomos Instrumentalizados" a Pensar Que Religião e Ciência Estiveram em Confronto Desde Sempre
Entrevista a Clara Pinto Correia e José Pedro Sousa Dias realizada por António Marujo e Clara Barata
Afinal, ao contrário do que muita gente pensa, ciência e religião não passaram os séculos a digladiar-se. Pelo contrário: "Estiveram sempre associadas", até à ruptura do século XIX. Em "Assim na Terra Como no Céu" (ed. Relógio d'Água), Clara Pinto Correia e José Pedro Sousa Dias tentam fazer um percurso que leve o leitor a perceber que "grande parte da filosofia científica vinha" da religião ou que "a ideia de Deus ou do divino é parte integrante da ideia da natureza e dá substrato ao conhecimento" humano. O livro, nascido pela "persistência" de Clara Pinto Correia, como confessa Sousa Dias, deu já origem a um curso, um centro de estudos e a outros projectos que estão na calha.
PÚBLICO - Qual a motivação para escreverem este livro?
CLARA PINTO CORREIA - Quando comecei a estudar história da ciência, em 1994, estava tão convencida como qualquer cidadão comum de que a ciência e a religião tinham sido duas forças que se tinham digladiado. Fiquei surpreendida por notar que grande parte da filosofia científica vinha da Igreja. A maioria das pessoas envolvidas na investigação eram homens da Igreja - e os que não eram usavam as suas descobertas científicas para elogiar a perfeição do trabalho de Deus. Toda a biologia, do século XVII e XVIII, era pensada como estando ao serviço de Deus. Tive curiosidade de saber se teria sido só naquele período, se seria uma particularidade da revolução científica. Comecei a ler coisas sobre o deísmo e a teologia natural e da Idade Média. O discurso científico estava sempre ligado à atitude religiosa, não havia uma coisa sem a outra. Discuti isto com o meu orientador, Stephen Jay Gould, que me chamou a atenção para o facto de a maior parte dos livros sobre história das ciências por onde as pessoas se guiam hoje datarem do século XIX, logo a seguir ao grande cisma entre a religião e a ciência - causado pela biologia, pela expansão da idade da Terra, todo o questionamento da leitura do mundo segundo o [livro bíblico dos] Génesis. E, depois, por Darwin e a selecção natural e pela introdução de uma amoralidade profunda na natureza. Isso causou uma grande crispação entre a postura religiosa e a científica, causou graves perturbações para os próprios cientistas, que eram pessoas religiosas. O próprio Darwin é um caso notável de alguém que perde a fé no âmbito da sua pesquisa científica. Mas, ainda à data da primeira edição d' "A Origem das Espécies", escrevia cartas aos amigos manifestando a sua consternação, afirmando que não tinha procurado escrever de uma forma ateística. Os que escreveram sobre história da ciência eram herdeiros dessa crispação e isso foi introduzido nos livros de texto usados nas escolas. Por exemplo, a viagem de Colombo é descrita como um acto de heroísmo de um homem que ousa enfrentar a Igreja. Fomos todos instrumentalizados a pensar assim. Também fui percebendo que o entendimento de que há uma evolução da postura científica e religiosa é perfeitamente consensual para as pessoas que fazem história da ciência. Depois comecei a falar com o José Pedro, que, ao contrário de mim, é insuspeito, porque eu sou católica mas ele é ateu.
JOSÉ PEDRO SOUSA DIAS - Gosto de pegar nas fontes, ter uma boa percepção das mentalidades e isso leva-me a trabalhar sobre história da ciência em Portugal. Fascinava-me compreender como tinha surgido a primeira comunidade de investigadores em biomédicas, a partir do nada. O primeiro Nobel português é apenas uma parte do icebergue da investigação biomédica. A conclusão a que cheguei, e com a qual a Clara me conseguiu convencer, foi a de que a motivação religiosa, neste caso o materialismo do Miguel Bombarda, tinha tido um papel fundamental. P. - Mas olhando para o livro dá a sensação de que podiam ser dois livros. J.P.S.D. - Sim, foram feitos dessa forma.
C.P.C. - Somos pessoas diferentes e estudamos áreas diferentes: eu biologia e o José Pedro farmácia e medicina. Somos complementares e, dentro das ciências da vida, cobrimos o espectro fundamental.
P. - Ambos seguem três etapas de dois planos: "a semelhança do mundo" e "levanta-te e caminha". É com esses esquemas que unificam as duas perspectivas?
C.P.C. - Onde temos um fio condutor ao longo do livro é na cronologia. Esperamos dar uma perspectiva sobre como evoluiu o entendimento da Terra, da doença e da morte.
J.P.S.D. - A preocupação da humanidade de conhecer o que a rodeia vem da ideia da queda que tinha criado o mundo com um fim, [onde] o homem tem necessidades e problemas, como o adoecer.
P. - Afirmam que o papel da religião foi muito mais rico e variado do que se supõe...
J.P.S.D. - Para começar a conhecer a natureza, o homem teve de desenvolver conceitos: não conseguimos estabelecer leis científicas se não houver um sistema de pensamento. A ideia de Deus ou do divino é parte integrante da ideia da natureza e dá esse substrato ao conhecimento.
C.P.C. - Quando estamos perante um mundo que desconhecemos, a primeira forma de o compreender é através da religião. Todas as religiões tentam explicar a lógica e a moral do mundo. O José Pedro diz que já havia na antiga Mesopotâmia uma associação entre o pecado e a doença, que se mantém, mesmo que não acreditemos em Deus. Quando ficamos doentes perguntamos: 'Mas o que é que eu fiz para merecer isto?' Tendemos a pensar nas nossas desgraças como castigos. Na nossa civilização, toda a ciência que se faz até ao século XIX destina-se a conhecer melhor a obra de Deus. Newton escreve mais sobre Deus do que sobre a gravidade. O grande êxtase da descoberta da gravitação universal é o de se achar que se encontrou a face tangível de Deus, a força incrível que mantém os planetas nas suas órbitas. A obra de Newton era usada como um instrumento de conversão dos ateus, que demonstrava o quanto Deus é sábio e todo-poderoso. O choque do século XIX é o de o Génesis se tornar impossível como explicação para a constituição do mundo. De repente muda tudo. A natureza deixa de ter moral, deixa de haver um sentido pré-estabelecido para o mundo. A vida na Terra passa a ser infinita, e não era, era suposto ter seis mil anos. Um espaço infinito não é controlável. A preocupação de Kepler e Galileu, quando estudam as Plêiades, é estarem a concluir que o Universo é infinito. Ambos são grandes cientistas, mas são homens religiosos e sentem muito medo quando as observações deles os levam ao limiar do Universo infinito. Há uma carta de Kepler para Galileu a dizer algo como: "Ainda bem que conseguiste saber a localização exacta das Plêiades, pois isso permite estabelecer um limite para o Universo." P. - Fala de Galileu, mas ele está ausente do livro.
C.P.C. - Pois está. P. - E não só: fala-se de Newton mas não temos a voz dele, nem de Darwin. Porquê?
C.P.C. - Não queríamos cobrir toda a história da ciência e não estávamos interessados nos casos mais conhecidos, mas sim em demonstrar como estas duas coisas estiveram sempre associadas e de como é que se dissociaram.
J.P.S.D. - É possível que a culpa seja nossa... Mas, na introdução, dissemos que eram aspectos de interface. Provavelmente não tem holofotes suficientes para chamar a atenção, mas nunca foi nossa ideia traçar um panorama geral. P. - Citam dois autores (John Draper e Andrew White) dizendo que as suas obras parecem uma reencarnação da luta de Galileu contra a Igreja, "também ela com fortes laivos de mitologia mas assumida como verdade absoluta". Ao ler isto, ficamos à espera que essa mitologia seja desmontada...
C.P.C. - Sim, mas já há livros sobre isso. Também não estávamos interessados em fazer trabalho que já tinha sido feito. P. - Então o objectivo era falar do que as pessoas não conhecem.
C.P.C. - Mais importante do que isso: da base da evolução do conhecimento, que não é constituída pelas grandes luminárias, mas por quem faz o trabalho de sapa, que não é aparatoso, mas é o motor do conhecimento do mundo. Na minha parte, tinha muito trabalho sobre o Newton, e hesitei muito sobre se devia incluí-lo. E acordámos que não, porque não faz parte do âmbito deste livro. Era mais importante para nós dar um retrato de fundo, ver como é que as ideias evoluíram.
J.P.S.D. - Tradicionalmente, a história da ciência é feita por professores já com uma certa idade, fartos do laboratório, que preferem dedicar-se à investigação documental e trazem para a história da ciência uma visão "presentista". O conflito entre a ciência e a religião é, decididamente, uma ideia "presentista" - é ver o passado aos olhos do presente. O nosso objectivo era analisar a visão das pessoas e as mentalidades à luz da época. No que diz respeito à Inquisição, é fácil perceber que não há necessariamente um conflito entre dois mundos. Pode ser um conflito entre uma pessoa e uma instituição, mas o investigado e o perseguidor estão imbuídos das mesmas ideias. P. - No caso de Darwin, ele viveu uma atormentada luta entre aquilo em que acreditava e a teoria que desenvolveu.
C.P.C. - Mas isso também já está escrito. Não estávamos interessados em trabalhar com fontes secundárias. Para nós os dois, o pano de fundo é mais importante.
P. - É por isso que aparecem as narrativas medievais de viagem?
C.P.C. - Isso é o conhecimento popular. Estas histórias que circulam nos livros de cordel são as que toda a gente conhece. O Universo que passa por esses panfletos e livrinhos é o do homem medieval e renascentista. Era sobretudo esse Universo "light", no sentido de não ser o dos grandes investigadores, que a nós nos interessava estudar. É importante perceber o que, em cada período histórico, a maioria das pessoas, o comum do mortais, está a pensar. As grandes luminárias do pensamento não são o comum dos mortais.
P. - Depois da ruptura do século XIX, a religião e a ciência estão hoje condenadas a enfrentar-se?
J.P.S.D. - A necessidade que existia da interacção entre o pensamento religioso e científico não tem [hoje] muita validade. O que não significa que as duas visões se tenham de antagonizar.
C.P.C. - A separação que houve no século XIX foi muito dolorosa: os geólogos que contribuíram para o cisma eram religiosos e ficaram perturbados com os resultados da sua investigação. Mas tinha que se chegar a um ponto, na caminhada do conhecimento, em que a explicação divina deixa de ser necessária para entender o mundo. Era preciso aceitar, em qualquer momento da nossa jornada espiritual, que o mundo não tem uma moral, que não há regras pré-estabelecidas por um Criador omnipotente, que a natureza não é benéfica porque Deus a fez benéfica. Neste momento, ciência e religião estão separadas uma da outra, mas não quer dizer que tenham de entrar em conflito. Pelo contrário.
P. - Citam o uso metafórico que a religião faz da linguagem científica e vice-versa. Quando a religião coloca questões éticas à ciência, não significa que continua a haver tensão e, ao mesmo tempo, possibilidade de conversa entre esses dois mundos? J.P.S.D. - Na terapêutica, sim. [No caso das] pessoas que estão doentes e são tratadas, se têm ideias religiosas, essa interacção deve [ser tida em conta]. Qualquer que seja o contexto cultural em que o médico actue, tem de ter essa visão. É dos poucos aspectos da actividade científica em que essa interacção pode dar frutos. Não vejo muitos outros.
C.P.C. - O conflito tem mais a ver com este Papa do que com a essência do catolicismo. Temos tido no Vaticano, desde há 25 anos, uma pessoa reaccionária, desligada do mundo real, que não admite que a sida existe, que nem está aberta ao uso do preservativo. Não se pode esperar de uma pessoa destas que veja com bons olhos as terapêuticas anticoncepcionais, a manipulação de gâmetas e embriões. Mas isso é uma pessoa e são idiossincrasias de um determinado tipo de Igreja. P. - Mas se for para o islão ou para o judaísmo, também há muitas reservas em relação a algumas destas matérias.
C.P.C. - No islamismo, sim, nos grupos fundamentalistas. Mas isso, de certa maneira, é o que se passa com o catolicismo e o Papa. Os grupos fundamentalistas têm todos problemas porque estão em conflito com o mundo. A religião judaica, não fundamentalista, é até mais aberta ao progresso científico que a religião cristã. De cada vez que há um novo desenvolvimento, os rabis vão ao Talmude procurar a passagem que prevê, antecipa, explica esse momento - e encontram sempre uma. J
.P.S.D. - O que se passa hoje na relação da religião com a ciência [passa-se] em outros aspectos da sociedade. Penso hoje diferente do que pensava quando tinha 20 e tal anos: prefiro pessoas com valores religiosos a pessoas sem valores nenhuns. Enquanto a comunidade científica não conseguir substituir os valores religiosos por outros, prefiro que os mantenha. Não partilho da visão de alguns meios marxistas de que era preciso acabar com a religião.
P. - Isso significa que tem de haver limites na investigação?
J.P.S.D. - Não. Tem de haver limites na aplicação dessa investigação... C.P.C. - Aí, tu és mais fundamentalista do que eu. P. - Estão a pensar em questões como a clonagem... J.P.S.D. - Nós não podemos pegar na ciência e na tecnologia e fazê-la dar lucro a qualquer custo... C.P.C. - Isso sim, mas isso não são limitações, para isso [basta] vigilância. P. - Por exemplo: seleccionar embriões de acordo com características que os pais queiram... C.P.C. - Isso é incontrolável. A partir do momento em que a definição do sexo de embriões se tornou possível, vai haver sempre quem queira escolher a cor dos olhos, o sexo dos filhos... A natureza humana é muito tortuosa, há-de haver sempre pais a querer manipular molecularmente a inteligência dos filhos. Onde tem que haver limitações - que não se podem impor através de comissões de ética, têm de partir da vigilância e da organização social - é na monitorização da produtividade, através do que as novas tecnologias tornam possível. Por exemplo: imagine uma senhora da serra da Estrela que tem 20 ovelhas, que as tosquia todos os anos e vende a lã de maneira a ter suficiente lucro para poder continuar o seu trabalho. Se na Nova Zelândia se desenvolverem ovelhas transgénicas que dão lã três vezes por ano no dobro da quantidade, é uma questão de tempo até a lã da Serra da Estrela desaparecer. E essas coisas são perigosas.
P. - E que organização social pode evitar isso sem estar baseada em regras éticas ou políticas? C.P.C. - Esse é dos poucos casos em que tem de haver legislação, partindo dos movimentos de base dos cidadãos, que têm de pressionar os políticos. A nível europeu, para nos protegermos do excesso de globalização e de monopólio, deveríamos adoptar algumas restrições. Nestes aspectos concretos, devem aplicar-se limitações ao uso da ciência e da tecnologia - não ao seu desenvolvimento, porque não se pode proibir as pessoas de saber mais. Tentar proibir a continuação do estudo da clonagem humana, para se defender a sociedade de práticas imorais, é [semelhante] ao que fizeram os escolásticos no século XII em defesa do geocentrismo: também afirmaram que era preciso manter a Terra no centro do Universo, a bem da sociedade. Proibir a investigação, para mim, está fora de questão. Limitar algumas das aplicações dessa investigação, sim. J.P.S.D. - O meu incómodo em relação à pergunta tem a ver com o seguinte: é muito perigoso o historiador pôr-se na posição da pessoa que quer, em resultado do seu trabalho, imprimir algum rumo ao presente - da mesma forma que é perigoso ler este livro à luz do pensamento de hoje. Pensar que queremos trazer uma mensagem para os dias de hoje é perigoso.
P. - A Clara Pinto Correia escreve que a lei natural é a base do Estado burguês moderno. O mesmo argumento da lei natural é invocado pela Igreja Católica para se opor a alguns avanços científicos. Isto não é um paradoxo? C.P.C. - Há um livro de Roy Lewis, com o título "Porque É Que Eu Comi o Meu pai", em que, na tribo de hominídeos que ele inventa, há um macaco reaccionário que passa a vida a dizer que ter saído das árvores é contra a natureza. Há-de haver sempre pessoas que acham que o passo seguinte é contra as leis da natureza e há-de haver sempre quem queira avançar mais. Os homens que fizeram a Revolução Americana fizeram-na a pensar na lei natural. Eram quase todos deístas muito fervorosos - o lema da América continua a ser "in God we trust". Quando as pessoas, nesse período, concebem a lei natural, isso corresponde [à ideia de] um Deus que deixou de ser castigador, passou a ser uma entidade muito benéfica que quer a nossa felicidade e criou tudo à nossa volta para sermos felizes. E faz parte do agradecimento a Deus tentarmos enriquecer e ter o máximo de bens de consumo. A esta filosofia dá-se na época o nome de "lei natural". É irónico que se use o mesmo termo para expressar preocupação com o estarmos a violar os pressupostos da natureza através do nosso progresso.
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Docente responsável pela leccionação: José Pinheiro Neves email: jpneves2004@yahoo.com.br
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